Milhares e milhares de trabalhadores, com a sua participação na Greve Geral, enviaram ao governo uma mensagem clara e objectiva da sua discordância quanto às politicas adoptadas pelo governo para aqueles que vivem do salário. Quer ao nível dos seus rendimentos quer ao nível do acesso à saúde, ao ensino e à segurança social.
A par das gigantescas manifestações, esta greve geral, veio demonstrar que os trabalhadores e a população em geral exigem do governo uma politica virada para o ser humano e não para os números do défice. A população e os trabalhadores vão conhecendo e tomando consciência que o sacrifício imposto pelos números não é para todos. Uns apertam o cinto e vêm os serviços sociais mais degradados sem capacidade de resposta às necessidades dos mais carenciados. Para outros os lucros aumentam de forma escandalosa. Afinal de contas a crise não é para todos. É sempre para os mesmos.
Foi contra este estado de coisas que milhares fizeram greve. É contra este estado de coisas que outros (com trabalho precário, com dificuldades financeiras e pressões de vária ordem) estiveram solidários mas que,ainda, não deram o passo que distingue o activo do passivo, o crítico sem acção do crítico activo,mobilizador e transformador da realidade existente. Não basta criticar, é necessário agir e transformar, agir para mudar de política e ultrapassar o pessimismo sabiamente construído para os trabalhadores. O fiel da balança tem que mudar. Os grandes monopólios (que continuam a ter biliões de lucros) também devem contribuír para a "pretensa" crise.
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