segunda-feira, novembro 19, 2007

Eleição dos órgãos sociais da Associação Cultural e Desportiva Paulense - Banda Filarmónica

Foi com alguma mágoa e tristeza que no último Sábado, dia 17, verifiquei a ausência de qualquer lista candidata aos órgãos sociais da Banda Filarmónica.
Apesar de não ficar surpreendido fiquei, contudo, apreensivo.
A Banda Filarmónica tem um papel importante a desempenhar na comunidade paulense, em especial, na formação musical dos jovens e logo dos Paulenses.
Fui dirigente da Banda Filarmónica e tenho acompanhado a sua evolução nos últimos quinze anos.
A Banda já teve dificuldades mas os seus músicos e sócios sempre encontraram soluções para manter os sons em harmonia e oferecer lindissímos espectáculos aos paulenses com níveis elevados de qualidade. Lembram-se da orquestra juvenil?
É necessário juntar vontades e tentar conciliar novas motivações com a experiência e competência de paulenses que gostam da Banda.
A escola de música não tem jovens, é verdade. Contudo, não nos podemos esquecer que essa dificuldade já foi vivida por outras direcções que, felizmente, souberam captar jovens e manter viva a Banda.
É compreensível que quem tem dirigido os destinos da Banda seja confrontado com incompreensões, más vontades e falta de colaboração desta ou daquela entidade com responsabilidades na promoção, criação e fruição cultural. Que ajudas houve? A Câmara Municipal cumpriu com o que prometeu? A Junta de Freguesia esteve atenta aos problemas e procurou ajudar? O Inatel ? e a Secretaria de Estado da Cultura? os sócios pagaram as quotas?participaram nas Assembleias?
O que fez a Direcção para mobilizar e motivar toda aquela gente a ajudar a Banda?
Houve falta de dinâmica de alguns membros da Direcção?
Não existem membros da Direcção cessante com vontade e motivação para reestruturar a composição dos órgãos sociais e dar mais um passo em frente?
Não é possível juntar a familia filarmónica?
Não é possível voltar a ganhar para a banda músicos que por lá passaram?
Não é possível ter uma banda no Paul onde a maioria dos músicos sejam naturais e residentes na terra? Não ficaría mais barato? e não sería mais funcional e operacional?
É preciso juntar toda a gente. Deixar quezílias do passado, que foram importantes, no percurso, mas que podem inviabilizar o futuro.
A próxima Assembleia realiza-se em 15 de Dezembro, pelas 20 H e 30M.
Espero lá encontrar velhos e novos dirigentes, velhos e novos músicos.
A banda vencerá.

5 comentários:

PTT disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PTT disse...

Boa tarde

Prof "roubei" este post.

Abraço

PTT

Anônimo disse...

Caro Vitor,

Partilho da sua mágoa. Lamento profundamente a situação que está a assolar a Banda... a minha Banda... a nossa Banda... a Banda do Paul!

Acima de tudo, lamento o desinteresse que a população tem demonstrado para com esta Instituição.

Quanto às suas interrogações, apenas me debruçarei sobre as últimas, visto não julgar ser da minha competência responder às outras:

"Não é possível ter uma banda no Paul onde a maioria dos músicos sejam naturais e residentes na terra?"

Como disse, deixemos as quezílias do passado... Os músicos da Banda do Paul, são, para mim, todos eles Paulenses. Todos eles dão amor à casa. Trabalham, esforçam-se, despendem dias, fazem Km, esfolam-se, suam, correm... tudo isto por amor à camisola! Tudo isto para dignificar a Associação Cultural e Desportiva Paulense - Banda Filarmónica do Paul, que alguns (talvez muitos???) paulenses não se dignam a dar devido valor.

Muitos deles ingressaram na Banda do Paul, há cerca de 13 anos, com o "Mestre André" (Sr António Manuel Duarte André, natural da Covilhã). A Banda acolheu-os, com muito gosto. E ainda hoje os acolhe, como uma família acolheria órfãos. E mais do que uma associação, a ACDP é um grupo de amigos, uma família. Todos eles são meus irmãos e nunca poria em causa a sua adopção! Aqui não se faz apenas música... cultivam-se amizades, nutrem-se sentimentos, dão-se ensinamentos.

Sempre que a Banda Filarmónica do Paul sai para um serviço, são os músicos que levam a farda, com divisas na camisa, com o símbolo da banda e "Paul" impresso aos ombros. São eles que carregam o fardo de se ser filarmónico e levar o Paul "às costas". São eles que trabalham para levar o "bom nome" da nossa freguesia aos quatro cantos deste País (e muitos deles nem sequer são naturais ou residem no Paul)!

E julga que é fulcral ser natural do Paul para nutrir respeito e carinho pela nossa terra? É necessário ser "paulense" (visto no sentido de "natural da freguesia"), para fazer alguma coisa boa pela nossa terra? É essencial ser do Paul, para se ser Paulense? Julgo que não! Isto porque dignificam, respeitam e trabalham para o Paul, de uma forma que nem alguns (e mais uma vez pergunto: serão muitos?) "paulenses" (no sentido de "natural do Paul") fazem ou se dignam fazer!

"Não ficaria mais barato?"

Há que ter em conta que a ACDP - Banda Filarmónica do Paul é uma associação sem fins lucrativos! A intenção da colectividade não é, de todo, dar lucro, mas, sim, ter o suficiente para sustentar as suas necessidades e para organizar eventos em prol do Paul e da sua comunidade.

A maioria das receitas provém de serviços prestados durante o verão, em festas e romarias. Alguns donativos, subsídios e cotas também revertem para a conta bancária da associação, mas estes apenas servem uma ínfima parte das necessidades da Banda. Visto que, sem músicos, a Banda Filarmónica não pode prestar serviços, sem eles, é só fazer as contas e ver a Banda morrer! Portanto, e resumindo, são os próprios músicos que contribuem, a custo do seu empenho, trabalho e dedicação, com a maior parte das receitas da instituição.

Será que o facto dos músicos não serem, na sua maioria, naturais e residentes do Paul faz com que a Banda seja mais pobre? A resposta não está, de todo, no valor que se gasta na deslocação de músicos oriundos de outras "terras" (muita vez são os próprios músicos "estrangeiros" que suportam esses custos).

"E não seria mais funcional e operacional?"

Não. Não seria mais funcional nem operacional. Nem vejo em que é que o facto de nem todos os elementos serem naturais da freguesia prejudica a funcionalidade ou operacionalidade da associação.

Visto a Banda carecer de músicos, não pode, de todo, prescindir de toda e qualquer ajuda que venha de "fora", pelas razões que anteriormente citei! E não será por prescindir de uma hora, para proceder ao transporte de músicos, que alguém perderá o interesse pela Banda.

Alimento as mesmas esperanças que o senhor e espero, sinceramente, que este tenha sido apenas um pequeno contratempo no percurso desta secular instituição.

Com a vontade de todos aqueles que nutrem, ainda, interesse e afecto pela associação, a Banda vencerá!

Um grande bem-haja pelo interesse demonstrado.

Saudações Paulenses

Flávia Chaves
Instrumentista da Banda Filarmónica do Paul

ciprius disse...

Aproveito para divulgar o nome do ultimo artigo "HIPERTENSÃO E EXERCÍCIO".

Se quiserem esclarecimentos nalgum tema em especial não hesitem em solicitar no blog.

Um Abraço

Hugo Eduardo Cipriano

davgov disse...

Meus amigos,

Concordo em quase todos os pontos que o prof. focou. Mas ainda que não concorde com alguns, quero apenas acalmar as partes porque na minha opinião por vezes quando se fala muito esquecemo-nos do que é realmente importante.

Não pretendo ao contrario de alguns com ideias previamente concebidas para o protagonismo e satisfazer vontades profanas do povo.

A situação em que se encontra actualmente a nossa banda (porque é do Paul e de todos os que a integram), é realmente muito triste, porque apesar de muitas vozes terem alertado para situações que deveriam ser reformuladas, as orelhas de alguns se fizeram rogadas, agora é o que se vê..

O sucesso da banda até à pouco tempo deve-se a todos aqueles que trabalharam para conseguir uma sede com condições minimas (ainda que más) para se poder trabalhar, que proporcionaram actividade, dinamismo, que lutavam pela mesma causa sem esperar nada em troca, nem mesmo protagonismo, porque a unica coisa que os movia era o gosto pela MÚSICA e pela BANDA FILARMONICA DO PAUL. E porque nunca faz mal relembrar todos aqueles que que "afincadamente construiram" e que conheci naquela casa, tais como, Tio "Norato", António Geraldes, Joaquim "Barrocas", Filipe "Caixa", Tio "Formino", Tio Alfredo, José Duarte, o Mário, José Quintela, o Zé "Felizardo", João Cunha, Leal, José Valezim, os Tios Aires, o André, a Fátima, José "Lua", entre outros tantos que conheço e outros que já não conheci.

Meus amigos vamos reflectir acerca do que é a MÚSICA e a BANDA FILARMONICA DO PAUL para voçês? deixo a pergunta no ar..