Caso insólito!
A Câmara Municipal da Covilhã deliberou em 1 de Fevereiro de 2008 (ver boletim municipal nº 4, de 21 de Fevereiro de 2008) homologar (concordar) com " o auto de suspensão de trabalhos da empreitada da obra de beneficiação e alargamento da ponte sobre a ribeira do Paul, que suspende os trabalhos por um período de 85 dias, compreendidos entre o dia 07 de Janeiro de 2008 e o dia 01 de Abril de 2008, inclusive."
O caso é insólito porque passo diáriamente na Ponte e ainda não me apercebi de qualquer obra ou inicio da mesma.
Como se podem suspender trabalhos que ainda não se iniciaram?
Já adquiriram a casa? Já concluíram o processo de negociação ou de expropriação?
Já encontraram a solução alternativa ao trânsito no período de execução da obra?
O património existente (arcos mediavais) está salvaguardado? Talvez a nossa amiga arqueóloga possa dar aqui a sua opinião. Vale o desafio? Espero que sim.
Por outro lado, enquanto se está no impasse ou, melhor dizendo, no período de suspensão dos trabalhos inexistentes, não se poderia fechar/vedar os acessos à construção existente? e proteger melhor os acessos ao passadiço? Apesar do assunto ter sido colocado em Assembleia de Freguesia (e já lá vão meses), nada se fez, como de costume.
Quanto ao passadiço inoperacional, a retirar no futuro, e à pseudo represa de água já retirada/desactivada nos últimos anos, resta - nos exigir a apresentação dos custos e identificar os responsáveis por tal aberração e delapidação dos dinheiros públicos.
Gente desta não pode nem deveria estar à frente dos destinos de uma Junta de Freguesia.
Gastaram, de forma irresponsável, mais de 100.000 Euros.
Quanto aos responsáveis, é evidente, foram os membros do executivo.
Querem os nomes? Mais tarde, mas avanço que dois deles fazem parte da actual Junta de Freguesia.
Descubra. Não é jogo, mas também serve como exercício de memória.
Mas o caso é insólito.
Suspendem-se trabalhos que não se iniciaram.
É como o alargamento do cemitério.
Iniciaram-se trabalhos em 2005.
A placa lá continua a publicitar e a recordar a necessidade da obra, contudo, passados 2 anos nada se fez.
E, infelizmente, vai morrendo gente, e o cemitério está a atingir a sua capacidade máxima.
Hoje, o cemitério do Paul, já não dá resposta em caso de calamidade pública, o que é obrigatório por lei.
Disse a Presidente da Junta que era a obra prioritária para 2008, contudo, face aos valores envolvidos, não encontrei no orçamento da Câmara Municipal o suporte para a execução da mesma.
A ver vamos, no final do ano.
Esperamos continuar por cá.
Um abraço aos amigos Paulenses.
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